A ovelha negra é um termo usado para classificar aquelas pessoas que são diferentes da maioria, seja no núcleo familiar, social ou profissional.
A pessoa geralmente é vista como errada, estranha, problemática, complicada, rebelde, entre outros rótulos negativos.
Também pode assumir o papel de bode expiatório sobre o qual se projetam todas as críticas e culpas.
Ninguém nasce ovelha negra. Esse papel é elegido pelo grupo que identifica quem é a peça diferente, representando desequilíbrio para o sistema.
Em psicologia chamamos de paciente identificado, sendo esse o membro que tenta se diferenciar denunciando a disfunção familiar. O mesmo vale para os outros grupos.
Ser diferente pode ser uma ameaça para os outros, mas não para quem é seguro de si mesmo.
É um processo difícil que requer coragem , enfrentamento e capacidade de contenção para dar conta das consequências de ser quem realmente somos ou desejamos fazer.
Pessoas inseguras apontadas como ovelha negra, dificilmente conseguem reagir positivamente. Ao contrário, aceitam e sofrem demais com as críticas, julgamentos, desaprovação e até mesmo com a rejeição que sentem. Assim, obrigam-se a serem como o esperado, rendendo-se para o domínio e controle grupal.
Para uma vida saudável e individuada é preciso aprender a se diferenciar . Isso implica em lutar para ser quem desejamos nos tornar, defendendo nossa essência, valores, idéias e sentimentos. Em alguns momentos esse movimento pode custar o papel da ovelha negra ou do bode expiatório.
É assim que a vida acontece e os padrões se rompem.
É assim que evoluímos.
Não é sobre se isolar e sim saber o ponto de equilíbrio entre fazer parte dos sistemas grupais, mas ao mesmo tempo viver de acordo com as batidas do nosso coração, independente do que os outros pensam , fazem ou esperam da gente.
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Vanessa Ebeling